Dois ex-funcionários da Warner Bros Cartoons, o diretor, compositor e produtor Friz Freleng o executivo David H. DePatie resolveram fundar sua própria empresa após a WB fechar seu estúdio de animação em 1963, surgindo assim a DePatie-Freleng Enterprise, ou simplesmente DFE.
Embora Freleng e DePatie não estivessem trabalhando para a Warner Bros, um gesto generoso de um executivo da Warner permitiu Freleng e DePatie alugassem o local onde eram produzidos os desenhos animados no estúdio da Warner na Califórnia Street, em Burbank, completo com equipamentos e suprimentos, custando alguns dólares a cada ano. Embora o negócio inicial de DFE tenham sido comerciais e filmes industriais, vários golpes de sorte colocaram o novo estúdio no mercado dos desenhos animados para a televisão.
O diretor Blake Edwards contatou a DFE e pediu que desenhassem uma personagem Pantera para o novo filme de Edwards, The Pink Panther. Satisfeito com o design do personagem, Edwards contratou a DFE para produzir um desenho animado com a pantera feita para abertura do filme. Após o lançamento do filme, os títulos atraíram uma tremenda atenção, tanto que se acredita que grande parte da receita bruta do filme foi gerada pelo sucesso da série animada da DFE.
A DFE logo fez um contrato com a United Artists para produzir uma série de curtas de desenho animado com a Pantera Cor-de-rosa, que incluiria mais de 100 curtas tanto para lançamento teatral quanto para televisão até 1980. Também em 1964, o antigo empregador de Freleng e DePatie, Warner Bros, contratou a DFE para produzir novos desenhos animados Looney Tunes e Merrie Melodies para a televisão.
DePatie e Freleng ficaram lotados de trabalho ao passo que muitos dos animadores que trabalharam na Warner Bros nas décadas de 1950 e 1960 voltaram ao antigo estúdio de desenho animado da Warner para trabalhar para a DFE. A primeira entrada na série da Pantera Cor-de-rosa, "The Pink Phink", foi dirigida por Freleng e ganhou para o estúdio seu único Oscar em 1964. Em 1967, a DFE receberia outra indicação ao Oscar por "The Pink Blueprint".
A inflação, os custos crescentes de produção de desenhos animados para cinema e as pressões de produção de séries de TV fizeram com que a qualidade da produção da DFE caísse em meados da década de 1970. Em 1981, Freleng e DePatie venderam a DFE para a Marvel Comics, e Freleng voltou para a Warner Bros que havia reaberto no ano anterior, para produzir uma série de longas-metragens apresentando desenhos antigos da Warner com novas filmagens, já DePatie fez a transição para se tornar o chefe da Marvel Productions. O nome DePatie-Freleng foi posteriormente revivido apenas em 1984 para Os Filhos da Pantera Cor-de-Rosa, que foi inteiramente produzido pela Hanna-Barbera Productions.
Embora a Marvel produzisse principalmente desenhos animados de super-heróis e séries de animação baseadas em linhas de brinquedos licenciadas (incluindo propriedades da Hasbro), ela continuou a produzir novas produções estreladas pela Pantera Cor-de-Rosa (um especial para a televisão Pink at First Sight e títulos de filmes para Trail of the Pink Panther e Maldição da Pantera Rosa). A Metro-Goldwyn-Mayer Animation faria mais tarde um show de revival do Pink Panther em 1993 como uma joint venture entre a MGM, Mirisch-Geoffrey-DePatie-Freleng e United Artists, uma década após a fusão da DFE com a Marvel e a fusão da Mirisch / UA na MGM.
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